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17 de abr. de 2025  •  3 min de leitura
"Doutor Google" A Roda da Indignação Gira na UPA: Enquanto a Urgência Esperava, o Médico "Pedalava" na Web!
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A cena, capturada pela lente indignada de um celular, viralizou como um grito de revolta: na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inhumas, o tempo de espera angustiante de um paciente dividia espaço com a busca incessante de um médico por… bicicletas. Isso mesmo. Enquanto a urgência pulsava nos corredores, a tela do computador do profissional da saúde exibia o universo das duas rodas, salpicado aqui e ali por suplementos alimentares com foco em esportes.

A bomba explodiu nas redes sociais, forçando a prefeitura a uma apuração imediata. A equipe de Tecnologia da Informação (TI) confirmou o inacreditável: durante o seu expediente, o médico estava imerso em pesquisas que nada tinham a ver com a saúde de quem aguardava por seus cuidados. A resposta da administração municipal foi o desligamento sumário do profissional, cujo nome não foi divulgado. Um ato necessário, mas que não apaga a mancha de descaso que paira sobre a unidade.

A justificativa de um novo filtro de internet para restringir o acesso nos computadores da UPA soa como um reconhecimento tardio de uma falha grave. Era preciso um flagrante público para que a prioridade do atendimento médico fosse, enfim, blindada de distrações virtuais?

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em um silêncio que ensurdece, alega não ter sido notificado. Uma postura que, diante da clareza dos fatos, levanta sérias interrogações sobre a sua agilidade em zelar pela ética profissional. A promessa de uma manifestação futura soa como uma tentativa de minimizar um episódio que expõe uma ferida profunda na relação entre médicos e pacientes.

Este caso, longe de ser um incidente isolado, escancara uma questão perturbadora: a desconexão entre a responsabilidade de um profissional da saúde e as suas prioridades pessoais. Enquanto vidas esperam por diagnóstico e tratamento, a mente de alguns parece vagar por trilhas virtuais distantes da urgência do momento.

A paciente que filmou a cena não apenas expôs um ato de negligência individual, mas também acendeu um debate crucial sobre a qualidade do atendimento e o respeito devido àqueles que buscam ajuda em momentos de vulnerabilidade. A pergunta que ecoa é: quantos outros "doutores virtuais" estão por aí, com a mente em outro lugar enquanto deveriam estar focados em aliviar a dor e salvar vidas?

A UPA de Inhumas se tornou, involuntariamente, um símbolo da frustração e da indignação de uma sociedade que clama por um sistema de saúde eficiente e humanizado. A "roda" da justiça, impulsionada pela indignação popular, começou a girar. Resta saber se este caso servirá como um alerta para que a prioridade do atendimento médico volte a trilhar o caminho da ética e do compromisso.

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