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18 de jun. de 2025 às 00:00  •  3 min de leitura
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DIA DO ORGULHO AUTISTA: SAÚDE MENTAL, INCLUSÃO E DIGNIDADE EM PAUTA!
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O Dia do Orgulho Autista, celebrado em 18 de Junho, não é apenas uma data comemorativa, mas um marco de resistência e visibilidade para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Criado em 2005 pela comunidade autista, o dia propõe uma mudança de narrativa: sair do paradigma de “transtorno” para reconhecer identidades neurodivergentes como parte da diversidade humana. O movimento, cada vez mais fortalecido no Brasil, ganha destaque em diversas áreas da Saúde, incluindo a Psicologia, a Psicanálise, a Fonoaudiologia e a Medicina.


Mais do que conscientizar, o dia também traz à tona discussões urgentes: como o diagnóstico precoce ainda é privilégio de poucos, e como a capacitação dos profissionais de saúde ainda carece de aprofundamento em neurodiversidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 100 crianças no mundo está no espectro autista. No Brasil, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas convivam com o TEA — muitas sem diagnóstico formal ou acompanhamento adequado (fonte: OMS, 2024).


O diagnóstico do Autismo pode ser feito por Médicos, Psicólogos, Fonoaudiólogos e Psicanalistas, dependendo do caso e da abordagem clínica. A atuação multidisciplinar também envolve Terapeutas Ocupacionais e Fisioterapeutas, com destaque para o papel da Nutrição no suporte alimentar de pacientes com seletividade alimentar — comum entre pessoas autistas.


ATENDIMENTO PELO SUS: COMO ACESSAR


O diagnóstico e o acompanhamento do Transtorno do Espectro Autista estão disponíveis pelo SUS. Para ter acesso, o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde será avaliado por um clínico geral ou pediatra. Caso haja suspeita, o encaminhamento é feito para especialistas como Neurologistas, Psicólogos ou Psiquiatras. Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) também fazem parte da rede de suporte. Todos os serviços são gratuitos.


A falta de conhecimento técnico sobre TEA entre profissionais de áreas como Enfermagem, Farmácia, Odontologia e Biomedicina pode agravar situações de estresse e crises sensoriais em ambientes hospitalares. “É preciso repensar a formação profissional para que a pessoa autista não seja vista como alguém ‘difícil’, mas sim como alguém que requer adaptações específicas”, afirma a neuropsicóloga Marly Nunes (fonte: Revista Autismo, ed. 38, 2024).


Entre os principais desafios está a inclusão no mercado de trabalho, inclusive nas próprias áreas da Saúde. Muitos jovens autistas relatam experiências negativas em cursos de graduação, devido à falta de acessibilidade pedagógica. “A sociedade ainda exige que a gente se molde ao que é considerado ‘normal’. Mas o autismo não é doença. É uma forma diferente de perceber o mundo”, declarou Rebeca Gonçalves, ativista e autista diagnosticada aos 27 anos (fonte: UOL VivaBem, 2023).


O Dia do Orgulho Autista também representa um avanço simbólico na luta contra o capacitismo, promovendo o protagonismo de autistas em políticas públicas e pesquisas acadêmicas. A valorização da escuta ativa de pacientes neurodivergentes é defendida por profissionais da Psicologia, Fonoaudiologia e Fisioterapia como parte essencial da abordagem terapêutica contemporânea.


O apoio de Farmacêuticos também tem sido decisivo para o uso adequado de medicamentos voltados ao controle de comorbidades associadas, como Ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Epilepsia, temas recorrentes entre pacientes com TEA, segundo estudo publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria (2023).


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